Á conversa com...Dud@

Boa tarde Novelitos!


Como é do vosso conhecimento participei na apresentação do livro "Elfanos - O legado" da autora Dud@ à comunidade bracarense na livraria Note!

O evento decorreu no passado sábado e contou com a presença de inúmeras pessoas que embelezaram este final de tarde não só com a sua presença, mas também com a sua boa disposição.
Finda a apresentação do livro, combinei com a autora a realização de uma pequena entrevista que agora vos apresento para que fiquem também a conhecer melhor a menina que está por trás de um livro que tem vindo a ganhar espaço nas bibliotecas dos portugueses e o mundo que esta criou para tentar encantar o seu leitor.



Emaranhado de Palavras: Em primeiro lugar, obrigada pelo convite e pela disponibilidade para responder a esta pequena entrevista. Muita gente gostaria de entender o nome que usas para te identificares nesta tua carreira de escritora. Porquê Dud@? E por que razão escolheste colocar um @ no final e não um a?

Dud@: Nunca me tinham perguntado o porquê de utilizar um arroba no fim, mas existe uma primeira vez para tudo. Utilizo Dud@ como nome de autora porque me chamo Marlene Eduarda e sempre me trataram por Duda, quanto ao arroba no fim, simplesmente achei engraçado e diferente, por isso, acabei por colocá-lo.

EP: Quem é a Dud@?

D: A Dud@ é uma jovem escritora que ambiciona chegar mais longe, ainda não sabe se vai chegar, mas acredita que com a sua determinação haverá essa possibilidade.

EP: Como tem sido a tua experiência no mundo da literatura?

D: Há coisas boas e coisas más, mas no geral tem sido muito boa. As opiniões têm sido boas e a procura também tem sido melhor do que estava à espera. Tenho vindo a subir o ranking da Wook e isso demonstra que tem havido uma boa aceitação e uma constante procura.

EP: "Elfanos - O legado" é o 1º livro de uma saga que pretendes fazer chegar aos teus leitores. De onde surgiu a ideia de criar este mundo élfico?

D: Pode parecer um bocado estúpido, mas começou quando estava a brincar no monte dos meus avós e caí. Comecei a perguntar-me " Se eu estivesse a fugir, de que estava a fugir?" e foi a partir daí que comecei a pensar como poderia recriar os elfos que imaginei e as criaturas mitológicas que aparecem e os acompanham no meu livro.

EP: Olhando para o livro que hoje apresentámos. Se voltasses atrás, mudarias alguma coisa? Porquê?

D: Acho que não. Acho que aquilo que eu precisava de mudar aconteceu mesmo no segundo livro, ou seja, ter partido a história no sítio onde o primeiro livro finda, fez-me perceber que havia algumas coisas que teriam de ser alteradas futuramente.

EP: Existe alguma personagem ou cena da narrativa que te seja difícil de explorar ou concretizar?

D: Há várias cenas mais difíceis de escrever que outras. Por exemplo, as cenas sexuais são complicadas de recriar sem que pareçam de certa forma "porcas" e isso acaba por me dar algum trabalho extra.


EP: Sentes que este livro foi bem recebido pelo público?

D: Mais ou menos. Como sou portuguesa e jovem isso acaba por se tornar um motivo para não adquirir o livro. O que não quer dizer que mais tarde as pessoas não venham a adquirir o livro e até se surpreendam por gostar dele. Sinto que há uma certa desconfiança porque sou portuguesa e tão "menininha". 




EP: Como sabes tenho lido algumas opiniões sobre o teu livro e noto que alguns leitores tendem a desdenhar um pouco a história por se passar em Portugal e ser povoada por nomes tipicamente portugueses. Sentes-te pressionada para alterar futuramente a tua história para algo mais internacional ou manter-te-ás fiel às origens que criaste e ao sonho de querer levar mais longe o que é criado e inspirado em Portugal?

D: Estou perfeitamente confiante naquilo que fiz e nas minhas personagens. Eu criei tudo de raiz há muito tempo, não foi algo do dia para a noite, demorou vários anos e foi uma das primeiras histórias que criei. Na altura, senti que não tinha maturidade para escrevê-la, por isso, é que só a decidi editar agora, foi algo que a partir de certo ponto eu não pensei que estaria pronta para concretizar.
Relativamente ao facto do nome das personagens ser em português e o local onde decorre a ação ser em território nacional ( local esse que nunca revelo, o leitor apenas sabe que se passa no nosso país)eu só tenho a dizer que estou a "puxar a brasa à minha sardinha", não na totalidade vá porque seria estranho apresentar elfos com nomes totalmente portugueses. Se um americano ou um inglês utilizar um nome tipicamente inglês ninguém estranha, o mesmo não acontece quando uma autora portuguesa utiliza aquilo que é seu e a rodeia e de certa forma estão apenas a retratar e a utilizar o que é seu.
Todos nós temos um trabalho contínuo a manter e eu irei manter a minha nomenclatura.


EP: Para finalizar, sei que o segundo livro está para breve. Podemos saber um bocadinho mais sobre a continuação da aventura de Joana e companhia?

D: Posso dizer que estou um pouco assustada porque tem lá coisas que eu nunca pensei que iria escrever, mas que me deixam feliz por fazê-lo porque estão a sair bem, no sentido, em que eu escrevo, leio e não digo " Eu não faria isto".
Muita coisa vai mudar, como disse parece que a história foi interrompida naquele momento com o propósito de ser alterada. Eu já tinha os planos todos feitos e resolvi pôr tudo de lado e pensar " Se é para ali que queres ir, mas estão fartos de te questionar e tu sentes que és capaz de fazer algo de que não estão à espera por que não arriscar?". Comecei a questionar-me e acabei por desenvolver uma nova história a partir da ruptura do primeiro livro.
Estou confiante que ou vai ser muito bom ou realmente péssimo, mas vamos ver como as primeiras pessoas vão reagir e que opiniões irão surgir dessas leituras.




Termino assim este post diferente, espero que tenham gostado de conhecer melhor a autora e que de certa forma vos tenha aberto o apetite para ler este livrinho fantástico. Foi um prazer participar nesta apresentação e ter tido a oportunidade de conhecer pessoalmente a autora. Foi sem dúvida uma tarde bem passada e um serão muito divertido!


Boas leituras*
























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